PROJETO EXCELSA

JUNTOS VAMOS RECUPERAR !

Patrocine a doação de mudas de CASTANHEIRAS-DO-BRASIL para recuperar áreas degradadas e criar roças florestais sustentáveis na AMAZÔNIA.

Considerações sobre os pequenos desmatamentos para as roças de subsistência na Amazônia

A atual crise a respeito do desmatamento na Amazônia exige, urgentemente, uma defesa dos desmatamentos feitos por pequenos produtores rurais que vivem na Amazônia e a recuperação florestal dessas áreas requer técnicas específicas, adequadas sócio ambientalmente e economicamente viáveis, ou seja, sustentáveis.

Em geral, os solos dessas áreas são de baixa fertilidade e, uma vez esgotadas as reservas naturais em 2 a 3 anos, as áreas são abandonadas e substituídas por novos desmatamentos. As áreas abandonadas degradam-se em capoeiras improdutivas, repetindo-se o sistema de derrubada/queima e plantio em novas áreas virgens.

É preciso ressaltar que os pequenos desmatamentos são feitos para produzir alimentos imprescindíveis à sobrevivência dos habitantes da floresta. Principalmente, ao longo das vias de transporte fluvial ou rodoviário na Amazônia, estabelecendo uma miríade de pontos a serem recuperados.

Diante desse quadro, entendemos que a solução seja a recuperação agroflorestal dos desmatamentos por pequenos produtores na Amazônia, por meio de duas ações necessárias:

a) Aumentar a produtividade das roças, prolongando-se o tempo de uso da área desmatada;

b) Plantar concomitantemente mudas de espécies florestais adequadas que propiciem a recuperação das áreas a perdurar após o abandono da roça.

Tais observações baseiam-se em duas experiências concretas:

1) Em 1991, o PROJETO ECOLÓGICO ÍNDIO BRASILEIRO promovido pela FUNAI/ ROTARY CLUBE SÃO PAULO OESTE, FUNDAÇÃO ROTARY INTERNACIONAL E AGROPECUÁRIA ARUANÃ entregou, em 2 anos consecutivos, aos índios Pacaás-Novos, em Rondônia, na região de Guajará Mirim, 60.000 mil mudas de Castanha-do-Brasil, com um pequeno kit de adubação de fósforo e isca formicida, as quais foram plantadas em sua roças.

2) Desde 2006, o Instituto Excelsa (ONG sem fins lucrativos) trabalha com as comunidades do Estado do Amazonas e conta com a participação do Governo do Estado através do IDAM, disponibilizando mudas de castanheira-do-Brasil e palmeira de pupunha para o plantio em suas roças. Até 2021, já foram distribuídas 707.739 mudas, beneficiando mais de 1.500 famílias de 200 comunidades no Estado do Amazonas. Essas duas ações caracterizam-se por inexistência de burocracia (pois requerem apenas o nome e a localização dos beneficiados por GPS) e contam com a adesão voluntária e espontânea dos participantes. Em suma, esse é um modelo comprovadamente viável e auditável para a recuperação florestal na Amazônia com economia e eficiência.

Resumo do Projeto Excelsa

Recuperando áreas degradadas e criando roças florestais sustentáveis na Amazônia:

1. Objetivo: recuperação agroflorestal de 2.000 hectares de áreas degradadas por meio do plantio de 200.000 mudas de Castanheira-do-Brasil em roças de subsistência e áreas de pequenos desmatamentos no Estado do Amazonas.

2. Público-alvo: a distribuição de 200.000 mudas nos municípios do Estado do Amazonas será precedida da identificação e situação dos pequenos produtores rurais que aderirem ao projeto, por meio de instituições oficiais ligadas à produção agropecuária.

3. Espécie adequada: A Castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa HBK) é dominante no bioma Amazônico da floresta tropical pluvial, e adapta-se às terras altas onde se situam os pequenos desmatamentos utilizados para a produção de alimentos destinados à subsistência das populações. A espécie é resistente aos patógenos da floresta, imune a doenças e pragas, dispensando o uso de adubos químicos para o seu desenvolvimento. É viável em plantios homogêneos, pois sempre ocorre em populações nativas conhecidas como “castanhais” em todo o bioma de floresta tropical pluvial da Amazônia.

4. Compatibilidade sócio-econômica: A castanha-do-Brasil é uma espécie conhecida por toda a população local, tendo valor de mercado e compradores em qualquer ponto da Amazônia. Fonte de alimento natural de todas as populações amazônicas, inclusive as indígenas, sua coleta faz parte da cultura imemorial local.

5. Domesticação da espécie: As técnicas de plantio e desenvolvimento da Castanheira-do-Brasil foram estabelecidas pela EMBRAPA, e viabilizadas em larga escala, há 40 anos, pela AGROPECUÁRIA ARUANÃ, em ITACOATIARA-AM, com plantações que abrangem 1.300.000 árvores e cuja maior parte encontra-se em produção comercial.

6. Captação de carbono: Com esses plantios, é possível fazer a mensuração precisa do sequestro de carbono realizado ao longo do crescimento das castanheiras e precificar seu valor para venda no mercado de créditos de carbono.

7. Pagamento por serviços ambientais: remuneração aos pequenos produtores que plantarem suas mudas assegurando seu crescimento para produzir frutos e o sequestro de carbono.

8. Logística: Embalagem adequada desenvolvida para permitir o transporte eficiente, seja rodoviário, fluvial, aéreo ou manual, preservando a qualidade das mudas até o plantio, em qualquer região da Amazônia.

9. Distribuição: Sistema de distribuição testado com sucesso pelo Instituto Excelsa desde 2006, com a participação do IDAM, totalizando 707.739 mudas entregues a mais de 1.500 famílias em 200 comunidades no Estado do Amazonas até 2021.

10. Cronograma de distribuição: início em janeiro de 2022 até abril de 2022, na estação propícia ao plantio de acordo com os municípios de destino.

11. Resultados almejados: Recuperação agroflorestal de 2.000 hectares e remuneração dos pequenos produtores através da implantação de roças sustentáveis e dos pagamentos por serviços ambientais.

12. Iniciativa: Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA), IDAM (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas) e Instituto Excelsa.

13. Como participar: as empresas alinhadas com as políticas de ESG podem participar do projeto Excelsa ao patrocinar a doação das mudas de castanheiras que serão distribuídas aos pequenos produtores cadastrados.

Saiba mais entrando em contato com o Instituto Excelsa.

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